O canto e a música na catequese



Por que o canto na catequese?

O canto (ou música religiosa) alegra o encontro catequético, relaxa também. É uma atividade comunitária. Expressa o que o coração sente e, ao mesmo tempo, ajuda a guardar no coração a mensagem central do encontro.

Alguns pontos a observar para um bom uso do canto na catequese

1. O canto deve ser bem escolhido e estar ligado ao tema central do encontro. Com crianças, não escolhamos somente cantos infantis. Há cantos de uma compreensão fácil, não infantis, que podem ajudar as crianças a aprender cantos usados na comunidade. Cuidado também para não usar cantos que infantilizam os jovens e adultos.
O canto seja, de preferência, de conteúdo bíblico. Hoje em dia, há muitos cantos que têm um rico conteúdo. O refrão que se repete ajuda a memorização.

2. Antes de ensaiar um canto novo, faça-se primeiro uma análise da letra. Muitas vezes, cantamos porque gostamos da melodia, mas não aprofundamos o sentido. Há muitas letras de músicas religiosas, que estão nas “paradas de sucesso” de nossas comunidades ou TVs católicas, com conteúdos teologicamente equivocados.

3. Um determinado canto pode cair na rotina por ser cantado demais. É bom, de vez em quando, “rezar” o canto, em vez de cantar. Parece algo novo e descobre-se melhor seu conteúdo.

4. Nunca se deve gritar. Há pessoas que acham que por cantar o mais alto possível, o canto fica mais bonito. Nada disso. Cantar suavemente fica bem mais bonito e ajuda melhor a interiorização. Isto não quer dizer que não se deve cantar com entusiasmo. Claro que cada canto tem seu modo de expressar. Mas nunca uma voz deve sobressair, como também os instrumentos que acompanham. É um defeito que se pode observar, muitas vezes, em nossas celebrações comunitárias. O som dos instrumentos abafa as vozes. Tira todo o prazer de cantar.

5. Outro defeito é arrastar o canto. Não é bonito e cansa os cantores. Quantas canções perdem sua beleza, sua leveza, quando são executadas de maneira arrastada.

6. Quando se usa o canto como oração, deve-se escolher um canto conhecido. Ensaio não é oração.



A música na catequese

A música eleva o espírito a Deus, é uma arte. Faz parte do cultivo da Beleza na catequese. A música popular brasileira é um excelente caminho para o coração das pessoas, sobretudo da juventude. Nossos encontros catequéticos carecem de boa música, que conduz a reflexão, a experiência da alegria, e leva a um mergulho no Mistério, à experiência de silêncio e contemplação.

Ouvir uma música é um bom meio para interiorizar a mensagem transmitida ou a transmitir. Música muito agitada atrapalha o encontro. Se a música (mesmo a música religiosa) é barulhenta demais, não conduz à admiração, à contemplação e à reflexão.

Uma boa sugestão é o grupo de catequizandos fazer a análise da letra de uma música popular, aplicar à vida dos catequizandos, e depois cantar a música. Há muitas músicas que podem ser uma grande ajuda à catequese porque falam da vida, suas angústias e experiências. A análise do texto pode resultar numa reflexão profunda e bem participada.

Quando usamos CDs e vídeos na catequese, devemos preparar tudo de antemão, de modo que na hora não haja a inconveniência de ter que procurar ainda o trecho certo ou de regular o funcionamento do som. Isto prejudica o ambiente de silêncio que se procurou criar.

Cantos e outras formas de música podem ser uma valiosa ajuda para tornar nossa catequese mais alegre e mais acolhedora.

O “catequese hoje” está postando na seção Veredas várias indicações de músicas que podem ser usadas na catequese.

Para refletir
O que deve melhorar em relação a uso da música na catequese?

Equipe do site Catequese Hoje
15.09.2012

O Catequista e o Ano da Fé




O Ano da Fé teve início dia 11 de outubro e se encerrará dia 24 de novembro de 2013. O Papa Bento XVI na Exortação Apostólica Porta Fidei, em que proclama o Ano da Fé, diz os objetivos: “Queremos uma conversão a Deus cada vez mais completa, para fortalecer a nossa fé n’Ele e para anuncia-lo com alegria ao homem do nosso tempo”. A Renovação da Fé deve ser prioridade.

Em síntese, o que devemos guardar sobre o Ano da Fé:

 1.  É também um ano para celebrar:
-50 anos do Concílio Vaticano II (1962 a 1965).
-20 anos do Catecismo da Igreja Católica (1992).
-Assembleia Sinodal sobre a Nova Evangelização (que está sendo realizada em Roma neste mês).

2.   Finalidades do Ano da Fé:
-Renovação da Igreja.
-Nova Evangelização.

3.  Algumas ações fundamentais:
-Refletir (aprofundar o conteúdo da fé).
-Confessar a fé (confissão pública e individual do CREDO).
-Celebrar a fé  (na Liturgia).
-Testemunhar a fé (caridade).

4.  Os meios e instrumentos para realizar essa tarefa
a) O Catecismo da Igreja Católica (que contém a síntese ou conteúdo da fé).
b)  A “história da fé” (memória dos homens e mulheres que testemunharam a fé ontem e hoje).
c) Testemunho da caridade, porque a fé sem obras é morta.


Algumas ações durante o Ano da Fé:

1.  Rever a Formação dos Catequistas
- Em que cremos?
- Por que cremos?
É preciso e possível proporcionar espaços de formação sobre o CREDO e sobre a Trindade. O Catecismo da Igreja Católica pode ser a fonte de inspiração. Também a Palavra de Deus que é a grande fonte da catequese. Mais do que a doutrina, a Palavra “amacia” o coração.

Também é importante reforçar a formação básica dos novos catequistas. Sem formação a catequese perde seu vigor. Sem a verdadeira orientação sobre o núcleo da Fé cristã, o catequista costuma “encher” os encontros catequéticos de coisas que não são essenciais a fé, ao seguimento de Jesus Cristo. Daí a importância de reforçarmos a formação dos catequistas.

2. Cuidar da Espiritualidade do Catequista

Mais do que nunca será importante oferecer espaço de cultivo da intimidade com Deus. É possível pensar em manhãs, tardes ou dias de Espiritualidade (uma vez por semestre, pelo menos). Quem sabe até, um final de semana de retiro com o grupo de catequista.

Sem o cultivo da intimidade com o Amado, a vida vai perdendo o sabor, a catequese perde sua razão de ser. É a espiritualidade que mantem acesa a chama do Amor e a missão.

3. Rever o Conteúdo da Catequese

Será importante rever o conteúdo da catequese que está sendo feita com crianças, jovens e adultos. Se o grupo usa um manual (livro) como instrumento, também deve ser avaliado. Há muitos “roteiros” ou “temas” dos encontros catequéticos que acentuam algum aspecto da história da salvação e não privilegia a vida de Jesus, por exemplo. Muitos manuais levam um ano para “contar” a história do povo de Jesus e há poucos temas sobre Jesus... Outros catequistas comunicam sua religiosidade pessoal (devoção) e não o essencial que é Jesus Cristo.

É preciso analisar, estudar o que é essencial a ser comunicado pela catequese, assim não perdemos tempo com o que é assessório. O Centro da Catequese é Jesus Cristo e sua mensagem: o Reino de Deus.
“Apresentar a pessoa de Jesus, sem maquiagem e fundamentalismos, como sentido máximo para a vida, muito além da Instituição, é fundamental! Proporcionar o encontro com Ele e a experiência do seu amor...Isso exige uma catequese mais “enxuta”, voltada para o essencial, despojada de tantos conteúdos e temas que podem ser compreendidos ao longo de toda a vida cristã”. Pe. Vanildo Paiva

Continuaremos a refletir sobre o catequista e o ano da fé nesta seção.

 Lucimara Trevizan
Coordenadora da Comissão Bíblico-Catequética do Leste 2
15.10.2012

ESCOLA CATEQUÉTICA DIOCESANA




Prezados Padres e Coordenadores Paroquiais de Catequese

A catequese é uma tarefa indispensável no processo de formação cristã, em vista da educação da fé; de forma que o cristão possa garantir a sua configuração com Cristo  nas mais diversas dimensões da vida.

O processo formativo deve ser compromisso da Igreja, acontecendo em meio à vivência da comunidade, com sua base no ensinamento de Jesus Cristo.
 Nesses tempos de grandes e rápidas mudanças, é urgente que a formação do catequista seja dada, para que tenham elementos que possibilitem sua compreensão e possam fazer uma catequese, imprimindo os valores evangélicos, sem  perder de vista o chão em que estão vivendo. O catequista deve comprometer-se com o anúncio do Evangelho, sem deixar de lado a realidade atual, com condição de descobrir em meio a tantos desafios e turbulências, o que Deus tenha a nos dizer e nos interpelar.
A caminhada da catequese na Diocese de Juazeiro, ao longo dos anos, tem sido um espaço de formação e de educação da fé de crianças, de jovens e de adultos. É através dela que se formou e se formam nossos leigos  e leigas para o serviço da transformação social e de difusão do Reino. 
Pensando nesse processo formativo, é que a Diocese de Juazeiro está promovendo a II Turma da Escola Bíblico- Catequética para catequistas, animadores que  tenham  vivência na comunidade e tenham disponibilidade para  participar das etapas  e queiram aprofundar mais a sua fé. A escola se desenvolverá em quatro módulos- duas vezes ao ano (nos meses de janeiro e junho), com a duração de seis dias. Segue em anexo o folder, explicitando os objetivos, os critérios de participação e o cronograma dos conteúdos.
 A Coordenação Diocesana da Catequese solicita que, os Padres, os Coordenadores da Catequese olhem com carinho a realidade da sua Paróquia, a urgência de termos catequistas preparados para atuar na Igreja de hoje, com tantos desafios. Esperamos o apoio de vocês e não deixem de enviar os Catequistas para a escola.
Sabemos que as dificuldades financeiras, as distâncias, não devem ser a razão primordial para a não participação nesta formação. O enfoque sempre será que o catequista deve “comunicar e transmitir o Evangelho, com convicção e autenticidade, para crescer de forma permanente na maturidade da fé, comprometendo-se a ver e trabalhar na construção do Reino de Deus” (DNC 255). Portanto, é necessária a formação e a capacitação de catequistas.
 Agradecemos, desde já, o apoio e o interesse com que cada uma das Paróquias tem demonstrado na formação dos catequistas.Assim como a primeira escola acontecida nos anos de 2011 a 2012  cheia de êxito, esperamos que essa II  Turma da Escola Bíblico-Catequética seja um marco  em nossa Diocese e dê novo impulso  missionário.
Segue em anexo a Ficha de Inscrição que deverá ser devolvida juntamente com a carta de apresentação do Pároco e da(o) Coordenadora (o) da Catequese da Paróquia até dia 30/11/12, para a Cúria Diocesana
Setor Catequético, sob a responsabilidade de Carminha. 
Um abraço!      
 Coordenação Diocesana da Catequese